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VÍDEO: 'aquilo que é ruim hoje pode ser bom amanhã', opina o presidente do Grupo Felice

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Presidente do Grupo Felice, Elton Doeler projeta um cenário mais otimista em relação a atual crise econômica. Para ele, trabalhar com equilíbrio e planejamento é fundamental

Estratégias a médio e longo prazos são o que norteiam as ações da marca Felice, conforme o presidente do grupo, Elton Doeler, 53 anos. Essa visão de mercado, que não é influenciada pelas circunstâncias de momento, dá ao empresário a perspectiva confiante de que a economia terá uma retomada gradual, porém consistente após a pandemia do coronavírus.


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Em conversa com o Diário, ele explanou sobre o andamento do ramo de automóveis e o de alimentos, dois dos braços de atuação da família. Segundo Doeler, a queda na venda de veículos nas regiões Central e Oeste ficou em torno de 50%, abaixo da média do Estado, que foi de 80%. Para ele, a atual crise é como se fosse uma mola encolhida, que, quando liberada, voltará a crescer.

- No mercado de automóveis, as pessoas estão protelando as compras, mas continuam vendo um carro como um objeto de desejo. Portanto, permanecem sendo potenciais consumidoras. Temos que ter equilíbrio e planejar os investimentos. Diante deste cenário atípico, as decisões na Felice procuraram preservar ao máximo os empregos. Primeiramente, os funcionários entraram em férias coletivas. Depois, passamos para a redução da jornada de trabalho e, como última alternativa, fizemos um pequeno ajuste no quadro, sempre acreditando que as dificuldades vão passar - explica.

CENÁRIO POSITIVO
Nascido em São Pedro do Sul, o empresário trabalha desde os 15 anos e começou na indústria do arroz. Com mais de quatro décadas envolvido nos negócios familiares, ele diz que o país já enfrentou outras crises econômicas tão severas quanto a atual, como em 2016, por exemplo.

- Me parece que a atual estratégia econômica do país é acertada. Creio que o Brasil vai experimentar crescimentos em níveis muito importantes, independentemente de qual será o governo - opina o empresário, que tem, no Coração do Rio Grande, a Felice Jeep Automóveis, na Avenida João Luiz Pozzobon.

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ALIMENTAÇÃO
Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz), o são-pedrense afirma que o consumo do alimento aumentou durante a pandemia. De acordo com ele, o isolamento social modificou alguns hábitos. As famílias passam a cozinhar mais em casa e comer menos fora, em restaurantes, por exemplo. O bom e velho feijão com arroz está ainda mais presente nos lares brasileiros.

O CONSUMO
Teremos um novo normal? Talvez, porque a população passará a ter um outro senso de finitude da vida. Essa é a análise de Doeler para a necessidade de consumo do futuro. Quem deseja empreender, precisa estar atento ao fato de que comprar é um prazer intrínseco na vida humana.

- Quem não gosta de comprar um carro novo, seminovo, uma roupa nova ou até mesmo fazer compras no supermercado? Os jovens sonham com coisas reais, como um apartamento, uma bicicleta, a melhor velocidade de internet, um telefone bacana. Não penso que isso vá mudar. As pessoas vão entender que a vida tem um limite e vão viver mais intensamente. Elas não ficarão cinco anos com o mesmo carro. Talvez, de uma vez só, não comprem 10 peças de roupas, mas passem a comprar uma roupa toda semana - projeta.

ONDE INVESTIR?
Para Doeler, o bom empreendedor não tem ramo específico. Acostumado a ver oportunidades em todos os lugares por onde passa, crê que qualquer segmento pode ser viável e lucrativo. Porém, carrega consigo um conselho do pai, Ruben Doeler, até hoje:

- Meu pai sempre me disse para não mudar de ramo de negócio com muita facilidade. Aquilo que é ruim hoje, pode ser bom amanhã, e vice-versa. Além disso, é preciso dosar a nossa experiência e o grau de conhecimento no ramo no qual queremos investir. Não adianta eu achar determinado segmento interessante, mas não saber lidar com ele - finaliza.

GRUPO FELICE

*Colaborou Rafael Favero

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